Você não precisa ter uma grande loja ou um orçamento alto para vender bem, mas sim de boas ideias para Black Friday, aplicadas com planejamento, atenção aos detalhes e foco na experiência do seu cliente. A data é uma chance real de aumentar o seu faturamento, atrair novos consumidores e fortalecer o relacionamento com quem já compra de você. Mas para isso, não dá para repetir fórmulas antigas.
O consumidor de 2025 mudou: ele pesquisa antes de comprar, espera ofertas legítimas, quer atendimento rápido e confia nas marcas que são transparentes e responsáveis. Com mais de 80% das compras concentradas na semana e no mês da Black Friday, é agora que você precisa se preparar com base no que funcionou em 2024 e nas tendências que já estão se desenhando para este ano.
Para te ajudar, preparamos sete ideias de Black Friday fáceis de aplicar, com dicas de promoções bem estruturadas, vitrines criativas, ações de divulgação, atendimento eficiente e fidelização. Aproveite a leitura!
Saiba quais são as tendências da Black Friday 2025
A Black Friday 2025 será marcada por um consumidor mais informado, exigente e estratégico. Ele já não compra por impulso, mas também não espera passivamente pela sexta-feira oficial. O que o estudo da Dito CRM e Opinion Box mostra com clareza é que o cliente já entendeu como a data funciona e agora usa isso a seu favor.
Ao longo de todo o mês de novembro de 2024, 83% dos consumidores aproveitaram ofertas fora do dia tradicional da Black Friday. E isso muda tudo: não estamos mais lidando com um evento de 24 horas, mas com uma temporada promocional inteira. A sua campanha precisa começar antes, ser consistente e estar presente em vários canais.
Outro aspecto que não dá para ignorar é que o cliente quer conveniência e confiança tanto quanto preço. Sites e aplicativos foram os canais mais usados no ano passado, mas 35% das pessoas ainda compraram em lojas físicas. O desafio agora é integrar o online e o físico, em uma experiência fluida e sem fricção.
Antes de fechar uma compra, quase 40% dos brasileiros verificam a reputação da loja, e mais de 70% leem avaliações em sites ou redes sociais. Portanto, a sua marca precisa estar bem posicionada, com conteúdo útil, avaliações positivas e presença ativa nos canais certos.
E por falar em canais, a edição de 2025 do Marketdata CX Report trouxe números relevantes sobre como os consumidores querem se comunicar com as marcas:
- 55% dos entrevistados preferem o WhatsApp como canal principal para conversar com empresas;
- 39% usam aplicativos ou sites das próprias marcas para tirar dúvidas ou resolver demandas;
- 30% ainda recorrem ao e-mail, enquanto 29% utilizam o telefone;
- As redes sociais foram citadas por 26% dos participantes como canal de atendimento;
- Outros canais, como SMS ou chat em redes de terceiros, somaram apenas 2% das respostas.
Além de mapear os canais mais usados, a pesquisa também investigou a experiência do consumidor com chatbots e atendimentos automatizados. O resultado mostra que, embora 60% já tenham interagido com esse tipo de ferramenta, 69% avaliaram a experiência como neutra ou negativa e só 25% disseram ter tido uma experiência satisfatória.
É um cenário que reforça a necessidade de oferecer um atendimento humano, ágil e disponível nos canais certos, em especial durante um evento de alto volume como a Black Friday.
E para completar, a intenção de compra também vem mais forte. Ainda em abril de 2025, 61% dos entrevistados já afirmavam que vão aproveitar a Black Friday e 29% ainda estão indecisos, o que abre espaço para ações de nutrição e ativação nas semanas que antecedem a data.
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Ideias para Black Friday: ações simples que funcionam
Depois de conhecer as tendências, o segundo passo é transformar esse conhecimento em ações que façam sentido para o seu negócio e que se encaixem na sua rotina como empreendedor. As ideias para Black Friday que vamos apresentar agora não exigem grandes investimentos, mas precisam de organização, planejamento e foco no que o seu cliente realmente valoriza.
1. Crie ofertas verdadeiras e claras
Na Black Friday, o consumidor está mais atento do que nunca. Ele pesquisa, compara e reconhece facilmente quando uma promoção não é vantajosa. Para vender bem, é necessário oferecer descontos legítimos, com base no preço real do produto e transparência total na comunicação.
Evite os “50% de desconto” inflados sobre preços que foram reajustados dias antes, que afetam diretamente a credibilidade da sua marca. Se possível, mostre o histórico de preço, destaque quanto o cliente está economizando e deixe claro quais são as condições da oferta: validade, formas de pagamento e quantidade de unidades disponíveis.
2. Divulgue com antecedência nas redes sociais
Promoção boa é aquela que o cliente vê a tempo de se planejar. E isso só acontece quando a divulgação começa cedo. A concorrência na Black Friday é alta, então quanto antes o seu público souber das ofertas, maiores as chances de gerar desejo, engajamento e conversão.
As redes sociais são perfeitas nesse processo. Use seus canais para criar expectativa, apresentar os produtos que estarão em promoção, explicar como funcionará a campanha e reforçar o prazo das ofertas. Crie um calendário de posts e combine diferentes formatos: vídeos curtos, carrosséis com vantagens, stories com contagem regressiva e enquetes para saber o que os clientes mais querem ver em promoção.
Outra tática com ótimo custo-benefício é fechar parcerias com influenciadores locais ou de nicho. Eles ajudam a ampliar o alcance da sua campanha, gerar prova social e trazer mais autoridade para sua marca. Aqui, o que importa mesmo é a autenticidade, com a escolha de perfis que realmente falem com o seu público e que tenham uma relação de confiança com seus seguidores.
3. Monte combos e kits promocionais
Combos e kits são uma excelente forma de aumentar o valor do ticket médio e, ao mesmo tempo, proporcionar mais vantagem para o seu cliente. Quando bem pensados, eles criam a sensação de que o consumidor está fazendo um negócio melhor e, de fato, está.
Você pode combinar produtos que se complementam ou que são frequentemente comprados juntos:
- Se vende cosméticos, monte um kit com shampoo, condicionador e máscara;
- Se trabalha com vestuário, crie um combo com camiseta, bermuda e cinto;
- Se vende eletrônicos ou eletrodomésticos, aposte em um “combo conectado Black Friday”: um fone de ouvido bluetooth + carregador portátil + suporte de celular.
Essas ideias de promoção para Black Friday são simples de implementar, valorizam o estoque parado e ajudam a dar destaque a itens menos conhecidos. Também funcionam bem em vitrines e nas redes sociais, pois facilitam a visualização da vantagem e tornam a oferta mais atrativa.
4. Upsell e cross-sell
Na Black Friday, o seu foco deve ser vender melhor. E isso significa aumentar o valor médio de cada compra sem parecer insistente ou aleatório. É aqui que entra o upsell e o cross-sell, usados como ofertas contextualizadas.
O upsell funciona quando você oferece ao cliente uma versão superior do que ele já está prestes a comprar, com argumentos claros de ganho real. Mas, durante a Black Friday, o segredo está em ancorar bem o valor da oferta. Use o momento para mostrar como, por uma diferença pequena no preço, o cliente leva mais desempenho, mais garantia ou mais durabilidade.
Já o cross-sell exige leitura de contexto para criar soluções completas. Se a pessoa está levando um notebook, ofereça um kit com mochila antifurto e suporte ergonômico por um valor simbólico. Antecipe necessidades com inteligência para que o cliente possa enxergar valor, e não uma tentativa de empurrar produto.
Dicas práticas para aplicar essas estratégias:
- Configure combos automáticos no seu e-commerce, com produtos que historicamente são comprados juntos;
- Treine sua equipe para sugerir upgrades e complementos com base no uso real que o cliente pretende dar ao produto;
- Use canais como WhatsApp e e-mail para oferecer upgrades exclusivos para quem já demonstrou intenção de compra, com oferta por tempo limitado para gerar urgência.
5. Ofereça frete grátis ou retirada facilitada
Na Black Friday, o frete pode ser o ponto de ruptura entre o carrinho cheio e o abandono de compra. Por mais que o cliente goste do preço, ele reavalia tudo ao ver o custo final e, se o valor do envio parecer alto demais, o esforço para atrair esse consumidor vai por água abaixo.
Mas não significa que você deva dar frete grátis para todos os pedidos, já que isso vai comprometer a margem de lucro e gerar prejuízo ao seu negócio, sobretudo se os custos logísticos forem altos ou imprevisíveis. A solução está em aplicar frete com regras definidas para estimular o comportamento de compra que você deseja. Veja alguns exemplos:
- Frete grátis acima de um valor mínimo (“compre a partir de R$ 250,00 e ganhe frete grátis para todo o Brasil”);
- Entrega gratuita para produtos com maior margem ou que você quer girar mais rápido;
- Condição especial apenas para determinados estados ou regiões com frete mais barato.
Esse tipo de abordagem ajuda a aumentar o ticket médio e direciona o volume de vendas para os produtos que você precisa destacar, mantendo o controle financeiro da operação.
Outra abordagem com ótimo custo-benefício é a retirada facilitada em loja física ou ponto de coleta. O cliente escolhe online, paga com antecedência e retira no local, muitas vezes no mesmo dia. Assim, é possível reduzir o custo logístico, eliminar o risco de atrasos e melhorar a percepção de conveniência da sua marca.
6. Tenha um canal de atendimento rápido e humano
A Black Friday é um momento de alta expectativa. O cliente quer decidir rápido, mas precisa se sentir seguro antes de fechar a compra. Se as respostas demoram ou soam impessoais, a chance de desistência aumenta.
Por isso, ter um canal de atendimento ativo, acessível e funcional deixa de ser um diferencial e passa a ser uma estrutura mínima de sustentação das vendas. O WhatsApp é o canal mais citado pelos consumidores, mas isso só tem valor se o atendimento for preparado para lidar com o volume e a pressão do momento.
O que diferencia uma boa operação de Black Friday é o quanto o atendimento está integrado à jornada de compra. É preciso:
- Prever dúvidas frequentes e preparar fluxos inteligentes para elas (entrega, troca, variações de produtos, disponibilidade, formas de pagamento);
- Tratar o atendimento como parte do funil de conversão: cada pergunta bem respondida é uma oportunidade de venda, não um custo operacional;
- Capacitar a equipe para conversar com empatia, mas com foco no fechamento: entender a dor, apresentar a solução e facilitar a compra.
Em vez de multiplicar canais, foque em integrar atendimento e venda para reduzir ao máximo os passos entre a dúvida do cliente e o fechamento da compra. Um exemplo prático é enviar links de pagamento PagBank diretamente no WhatsApp para que o consumidor conclua a transação sem precisar sair da conversa.
E, se usar automações, seja estratégico: automatize o básico, mas direcione casos reais para pessoas reais. Na Black Friday (e em todas as outras ocasiões), o cliente quer resolver, e não ser empurrado de um robô para outro.
7. Aproveite o pós-venda para fidelizar
Para quem vende, o grande potencial da Black Friday está em transformar compradores ocasionais em clientes recorrentes. Mas, isso só acontece quando o pós-venda é bem trabalhado.
Pense assim: por vezes, o consumidor chega até você por conta de um preço atrativo, mas é pela experiência que ele permanece. E essa experiência não acaba no checkout.
Entrega como promessa cumprida
O básico precisa ser impecável, com rastreamento atualizado, comunicação proativa em caso de atraso e flexibilidade em opções de troca ou devolução. Muitas marcas ainda falham aqui e abrem espaço para quem faz bem feito se destacar.
Conversas que continuam
O pós-venda é o melhor momento para nutrir a relação. Um simples “obrigado pela sua compra” é o primeiro passo, mas vá além: peça feedbacks, envie dicas de uso do produto, sugira complementos ou convide para um programa de fidelidade.
Segundo o estudo que citamos antes aqui, da Dito CRM e Opinion Box, 54% dos consumidores voltaram a comprar após a Black Friday de 2024, provando que a reativação não é só possível, mas altamente estratégica.
Ofertas inteligentes de reativação
Aqui está o pulo do gato. Em vez de apostar em descontos genéricos que não conversam com a jornada do cliente, trabalhe com personalização inteligente. Use os dados da compra para criar comunicações que mostrem atenção e relevância:
- Se alguém comprou um notebook, em vez de dar “mais desconto na loja toda”, convide esse cliente para explorar acessórios que elevam a experiência;
- Para quem adquiriu eletrodomésticos, crie pacotes de serviços — garantia estendida com preço especial, planos de manutenção preventiva ou cashback em compras futuras;
- Se o consumidor comprou produtos de menor valor, pense em reativação com novidades sazonais ou lançamentos relacionados.
Essa lógica é simples: quanto mais relevante for a sua mensagem, maior a chance do cliente voltar. A personalização já deixou de ser “um diferencial” e passou a ser um requisito quando todo mundo disputa atenção, como na Black Friday.
Dicas extras para vender mais com segurança
A Black Friday é um campo de ótimas oportunidades, mas é claro que também há riscos. Um desconto mal calculado, um site fora do ar ou uma entrega que não chega podem destruir em minutos a confiança que levou meses para ser construída.
Por isso, além de boas promoções, o lojista que se destaca é aquele que garante segurança, clareza e consistência em cada etapa da jornada de compra.
Confira outros detalhes que não podem ficar de fora do seu radar:
- Estoque mal planejado é convite para reclamação: nada gera mais frustração do que anunciar um produto e não ter como entregar. Além de atualizar o inventário em tempo real, considere criar listas de espera e ofertas alternativas para evitar a sensação de “promoção enganosa”;
- Descontos falsos são um veneno para a reputação: o consumidor já não perdoa práticas como inflar preços antes da data. Pelo contrário, pesquisa e expõe marcas que tentam esse atalho. Aposte em promoções verdadeiras e mostre a economia real;
- Infraestrutura digital é tão importante quanto o preço: de nada adianta oferecer 50% off se o site cai no momento do checkout. Teste a capacidade do servidor, simplifique os formulários e reduza o número de cliques até a finalização. Quem compra na Black Friday não tem paciência: se trava, ele vai para o concorrente;
- Não dê o passo maior que a perna: mais do que criar uma oferta atrativa, é preciso saber o impacto dela no seu caixa.
A Black Friday 2025 será uma das maiores da história, e vence quem combina planejamento, transparência e execução impecável. Comece planejando promoções atrativas sem comprometer a sua margem de lucro: use a Calculadora de Descontos do PagBank.