Você sabe quanto custa manter um carro por mês? Muita gente olha somente para o valor da compra, mas o gasto real começa assim que o veículo está na sua garagem. IPVA, seguro, combustível, manutenção, estacionamento e até os imprevistos devem entrar na conta, para só então você decidir se as despesas cabem, de fato, no seu orçamento.
E não são poucos os brasileiros que pensam em assumir esse compromisso. Em 2024, as vendas de carros novos tiveram o melhor resultado em 18 anos, com 2,48 milhões de veículos emplacados, conforme a Fenabrave. Para 2025, a expectativa segue alta: 68% das pessoas planejam comprar ou trocar de carro.
Por isso, ao longo deste artigo, você vai entender em detalhes quanto custa ter um carro, com dicas práticas para economizar e planejar de um jeito simples, mas realista, para que a compra traga praticidade para a sua vida sem comprometer suas finanças. Siga a leitura!

Quanto custa ter um carro?
Quando pensamos em comprar um carro, o valor que aparece na concessionária ou na Tabela Fipe é só o começo. O custo real para manter um veículo no Brasil costuma variar entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00 por mês, dependendo do modelo, da quilometragem rodada e até da cidade onde você vive.
O valor médio inclui impostos, seguro, combustível, revisões e manutenção preventiva. Para quem roda muito, a conta tende a subir, já que o carro vai consumir mais combustível e exigir revisões com maior frequência. Por outro lado, veículos mais novos e econômicos podem reduzir um pouco esses gastos.
Para entender melhor, vamos separar os custos em duas categorias: fixos, que você vai pagar independente do uso, e variáveis, que mudam de acordo com a rotina de cada motorista.
Custo fixos para manter um carro
Todo carro gera custos fixos, que você precisa pagar mesmo que use pouco o veículo. Esses gastos fazem parte do planejamento anual e precisam estar no seu orçamento desde o início.
Os principais custos fixos são: IPVA, licenciamento, seguro, financiamento (quando o carro não é quitado) e, em alguns casos, a garagem. Vamos entender cada um deles?
IPVA
O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) é uma das primeiras despesas que você deve considerar ao calcular quanto custa manter um carro. O valor varia de estado para estado e corresponde a um percentual sobre o preço do veículo na Tabela Fipe.
Em São Paulo, por exemplo, a alíquota para carros de passeio é de 4% do valor do veículo. Se você comprar um carro de R$ 70 mil, o IPVA será de aproximadamente R$ 2.800,00 por ano. Em alguns estados, os veículos mais antigos são isentos, o que ajuda a reduzir o gasto.
O pagamento pode ser feito à vista, geralmente com desconto, ou parcelado em até três vezes. Deixar de pagar o IPVA gera multa, juros e impede o licenciamento do veículo e sua circulação legal.
Para quem tem carro registrado em São Paulo, o PagBank facilita esse processo. Você paga o IPVA direto no app:
- No menu inicial, vá em “Principais” e, depois selecione “Pagar contas”;
- Escolha a opção “Fazer pagamentos no Detran SP”;
- Cadastre as informações do veículo (o CPF da conta deve ser o mesmo do documento do carro);
- Insira o Renavam, a placa e um nome para identificar o veículo no app;
- Selecione a forma de pagamento: integral com desconto, integral sem desconto ou parcelado;
- Confirme o valor e finalize o pagamento.
Licenciamento
Outro custo fixo obrigatório é o licenciamento anual, que garante a emissão do CRLV-e (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo em formato digital). Sem ele, o carro não pode circular legalmente, e o motorista corre o risco de levar multa, perder pontos na CNH e ter o veículo apreendido.
O valor do licenciamento também muda de acordo com o estado. Em 2024, por exemplo, a taxa foi de R$ 160,22 em São Paulo, R$ 191,88 no Rio de Janeiro e R$ 109,27 no Rio Grande do Sul. Embora seja um valor menor comparado ao IPVA, ele deve estar no seu orçamento, já que é obrigatório para todos os veículos em circulação.
O pagamento do licenciamento costuma ocorrer no primeiro semestre do ano, seguindo o final da placa do veículo. Após o pagamento, o documento digital fica disponível no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), no portal do Detran ou no app bancário usado para o pagamento.
No caso de São Paulo, você também pode pagar o licenciamento pelo app PagBank, junto com o IPVA.
Leia também: Como fazer transferência de veículo.
Seguro
O seguro do carro protege o veículo contra situações como roubo, furto, colisões e desastres naturais, dependendo da cobertura contratada. Embora não seja obrigatório como o IPVA e o licenciamento, é altamente recomendado.
Em 2025, o custo médio do seguro dos carros mais vendidos no Brasil ficou em torno de R$ 2.535,00 por ano para homens e R$ 2.722,00 para mulheres, segundo levantamento da Minuto Seguros. Esse valor serve como referência, mas pode variar bastante de acordo com o perfil do motorista, a cidade e o modelo do carro:
- Modelo do carro: veículos mais visados em roubos ou com peças caras tendem a ter seguros mais caros;
- Ano de fabricação: quanto mais novo o carro, maior é o valor da cobertura;
- Perfil do motorista: idade, tempo de habilitação, histórico de sinistros e até a região onde mora influenciam no cálculo;
- Forma de uso do carro: se for usado diariamente ou para longas viagens, o risco aumenta e o valor também.
Além do seguro tradicional, muitas seguradoras têm opções mais flexíveis, como o seguro por assinatura ou por quilômetro rodado, que são boas alternativas para quem usa pouco o carro.
Financiamento
O financiamento é a forma mais comum de comprar um carro quando não é possível pagar à vista. Mas é também um dos fatores que mais impactam no custo para manter um carro, já que envolve juros e tarifas que aumentam bastante o valor final do veículo.
Na prática, quando você financia um carro, ele passa a ser do banco ou da financeira até a quitação completa. Durante esse período, além das parcelas mensais, existem encargos como juros, tarifas administrativas e seguros obrigatórios, que podem elevar o custo total em até 50% do valor do carro, conforme o prazo e a taxa de juros contratada.
Outro ponto importante aqui é que, em caso de atraso no pagamento, o veículo pode ser retomado pelo banco, já que ele é usado como garantia na operação. Esse processo é chamado de alienação fiduciária. Por isso, antes de financiar, é preciso avaliar se a parcela cabe no seu orçamento sem comprometer outras despesas essenciais.
Garagem
Se você mora em um prédio sem vaga ou em uma região onde não é seguro deixar o carro na rua, vai precisar considerar esse gasto todos os meses.
O valor varia bastante de acordo com a localização. Em São Paulo, por exemplo, uma vaga de garagem em estacionamento mensal pode custar entre R$ 200,00 e R$ 400,00 por mês. Já em bairros mais centrais, o preço pode ultrapassar R$ 600,00 mensais.
A garagem também impacta no seguro do carro, porque os veículos guardados em vagas cobertas e seguras tendem a ter apólices mais baratas, já que o risco de roubo ou dano é menor. Por isso, vale avaliar o preço da vaga e como ela pode ajudar a economizar em outras despesas.
Custos variáveis para manter um carro
Além dos gastos fixos, que você paga todos os anos independente do uso, existem os custos variáveis, que mudam de acordo com a rotina de cada motorista. Todos eles devem ser considerados no cálculo de quanto custa manter um carro por mês.
Vamos começar pelo gasto que mais pesa no bolso: o combustível.
Combustível
O valor gasto com combustível depende do tipo de carro (flex, híbrido, elétrico), da quilometragem rodada e do preço da gasolina ou etanol na sua região.
Vamos fazer uma simulação com um carro popular que faz, em média, 12 km/l e que roda 1.000 km por mês. Se o preço médio da gasolina estiver em torno de R$ 6,00 o litro, o cálculo será:
- 1.000 km ÷ 12 km/l = 83,3 litros de gasolina;
- 83,3 litros x R$ 6,00 = R$ 499,80 por mês.
Encher o tanque de um carro pequeno com cerca de 40 litros custa aproximadamente R$ 240,00, mas dependendo do uso mensal, o gasto real pode passar facilmente de R$ 500,00.
Por isso, quando alguém pergunta quanto custa para encher o tanque de um carro, a resposta é: depende. O que realmente importa é calcular o custo por quilômetro rodado, considerando o consumo médio do veículo e o preço do combustível na sua cidade.
Estacionamento
Mesmo quem tem garagem – em casa ou no trabalho – muitas vezes precisa pagar por vagas em shoppings, centros comerciais, hospitais ou em regiões onde não há opção de parar na rua com segurança.
Em São Paulo, a diária de estacionamentos em áreas centrais pode custar de R$ 25,00 a R$ 50,00, enquanto a mensalidade em garagens próximas a escritórios ou estações de metrô ultrapassa os R$ 400,00 por mês.
Uma forma de economizar é planejar rotas e buscar alternativas mais baratas, como estacionamentos um pouco mais distantes do destino, o uso da zona azul em algumas cidades ou, ainda, dividir o custo com colegas de trabalho.
Manutenção
A manutenção é um dos pontos essenciais ao calcular quanto custa manter um carro. Ela inclui tanto os cuidados básicos, como a lavagem periódica, quanto as revisões preventivas e as substituições de peças que se desgastam com o tempo.
- Lavagem e higienização: manter o carro limpo não é só uma questão de estética, mas também de conservação. Uma lavagem simples custa, em média, R$ 40,00 a R$ 70,00, enquanto uma limpeza completa com higienização interna pode chegar a R$ 200,00;
- Revisões preventivas: recomendadas pelas montadoras a cada 10.000 km rodados ou anualmente, elas ajudam a evitar problemas maiores. O custo varia de acordo com o modelo, mas em carros populares gira em torno de R$ 400,00 a R$ 800,00 por revisão;
- Trocas regulares: óleo, filtros, pastilhas de freio, velas e amortecedores são alguns dos itens que precisam de substituição ao longo do tempo. Esses valores podem somar facilmente R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 por ano, dependendo da quilometragem.
O ideal é sempre seguir o manual do fabricante e não adiar as revisões. A manutenção preventiva costuma sair mais barata que um conserto emergencial, além de aumentar a segurança e o tempo de vida útil do veículo.
Pneus
Os pneus têm vida útil limitada e precisam ser substituídos periodicamente. Em média, um pneu para carros populares (aro 14) custa R$ 200,00 e dura entre 40 mil e 60 mil quilômetros, dependendo da forma de uso, da qualidade das vias e dos cuidados com calibragem e alinhamento.
Além da substituição, há outros serviços relacionados aos pneus que entram no orçamento:
- Calibragem: deve ser feita a cada 15 dias e geralmente custa em torno de R$ 5,00 em postos de combustível;
- Rodízio de pneus: recomendado a cada 10 mil km, ajuda a desgastar os pneus de forma uniforme;
- Alinhamento e balanceamento: serviços que mantêm a dirigibilidade do carro e custam, em média, R$ 150,00 a R$ 250,00 o conjunto.
Planejar a troca e a manutenção dos pneus ajuda a evitar surpresas, já que esse é um gasto que costuma aparecer de forma repentina e com valor alto.
Acessórios
Os acessórios não são obrigatórios, mas acabam entrando no cálculo de quanto custa manter carro, já que muitos motoristas investem em itens extras para dar mais conforto, praticidade ou segurança ao veículo.
Entre os mais comuns, estão:
- Tapetes e protetores internos, que ajudam a conservar o carro limpo;
- Insulfilm, que melhora a privacidade e reduz o calor dentro do veículo;
- Suportes para celular e carregadores, que facilitam o dia a dia;
- Acessórios de segurança, como trava de volante, câmera de ré ou sensores de estacionamento.
Embora pareçam gastos pequenos, quando somados ao longo do tempo representam uma fatia relevante do orçamento. Vale lembrar que alguns acessórios, como o insulfilm fora do padrão permitido, podem gerar multa.
Por isso, antes de comprar qualquer item, é preciso avaliar se é realmente necessário e se traz benefícios que justifiquem o investimento.
Pedágios
Os pedágios são um custo variável que impacta especialmente quem viaja com frequência ou utiliza rodovias no dia a dia. Embora muitas vezes esquecidos no cálculo de quanto custa manter um carro por mês, eles podem representar uma despesa considerável ao longo do ano.
O valor de cada praça de pedágio muda conforme a rodovia e o estado. Em São Paulo, as tarifas em 2025 estão entre R$ 3,50 e R$ 35,00, dependendo da concessão e do trecho percorrido. Para quem usa rodovias diariamente para ir ao trabalho, o gasto ultrapassa os R$ 300,00 mensais.
Para economizar, é indicado avaliar rotas alternativas, verificar planos de cobrança automática (como tags eletrônicas) e considerar dividir os custos em viagens de carona.
Imprevistos
Mesmo com todo o planejamento, sempre existem imprevistos, e eles fazem parte do cálculo de quanto custa manter um carro. Entre os mais comuns, estão:
- Multas de trânsito: os valores variam de R$ 88,38 (infração leve) até mais de R$ 1.400,00 (gravíssima com fator multiplicador). Além do impacto financeiro, há também a perda de pontos na CNH;
- Acidentes: dependendo da gravidade, os custos podem incluir franquia do seguro (que geralmente vai de R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00), reparos de funilaria e gastos extras com transporte alternativo durante o conserto;
- Pane ou falha mecânica: um problema no câmbio ou no motor, por exemplo, pode custar de alguns milhares de reais até ultrapassar R$ 10.000,00, dependendo do carro.
Por isso, é importante manter uma reserva de emergência exclusiva para o veículo, que ajude a cobrir esses gastos sem comprometer o seu orçamento mensal.
Depreciação do carro
A depreciação é um dos custos mais invisíveis de ter um veículo, mas que tem um peso considerável no cálculo de quanto custa manter um carro. Trata-se da perda de valor do carro ao longo do tempo, algo que é inevitável mesmo quando ele está em bom estado de conservação.
Em média, um carro perde entre 15% e 20% do valor no primeiro ano após sair da concessionária. Depois, a desvalorização tende a ser menor, mas ainda significativa: cerca de 10% ao ano nos cinco primeiros anos de uso. Então, um carro comprado por R$ 80.000 pode valer apenas R$ 40.000,00 após cinco anos.
Além da idade do carro, fatores como quilometragem, histórico de manutenção, estado da lataria e demanda pelo modelo também influenciam no valor de revenda. A Tabela Fipe ajuda a acompanhar a desvalorização e entender quanto o veículo está perdendo ao longo do tempo.
Como economizar no custo para manter um carro?
Depois de conhecer todos os custos fixos e variáveis, é natural pensar em como reduzir essas despesas. A boa notícia é que existem várias estratégias simples que ajudam a diminuir o custo para manter um carro, sem abrir mão da segurança e da praticidade.
Confira algumas dicas:
- Economize combustível: abasteça sempre em postos de confiança, mantenha os pneus calibrados, troque as marchas no momento certo, evite acelerar ou frear bruscamente e use o ar-condicionado apenas quando for necessário;
- Procure estacionamentos mais baratos: pesquise opções próximas, considere a zona azul em grandes cidades e, se possível, divida o custo de vaga com seus colegas de trabalho;
- Compre peças pela internet: em muitos casos, o preço das peças de reposição em lojas virtuais é menor do que em oficinas, e você paga apenas a mão de obra;
- Peça nota fiscal: em estados como São Paulo, quem pede nota fiscal tem desconto no IPVA por meio de programas como a Nota Fiscal Paulista;
- Invista em manutenção preventiva: revise o carro regularmente, troque óleo e filtros no prazo e mantenha os pneus em bom estado para evitar reparos mais caros no futuro;
- Planeje as viagens em rodovias: calcule o gasto com pedágios e combustível antes de pegar a estrada para decidir se vale a pena ir de carro ou considerar outras alternativas.
Pequenas mudanças de hábito podem gerar uma economia significativa ao longo de um ano, deixando mais espaço no orçamento para outros objetivos.
Como organizar o orçamento para manter um carro
Saber quanto custa manter um carro é o primeiro passo. O segundo é se organizar para que essas despesas não comprometam o seu orçamento. A melhor forma de fazer isso é adotar um planejamento financeiro simples e realista, que permita pagar todos os custos do veículo sem apertar outras áreas da sua vida.
Algumas estratégias podem ajudar:
- Faça um diagnóstico financeiro: anote as suas receitas e despesas fixas e variáveis para entender exatamente para onde está indo o seu dinheiro, e avaliar se o carro cabe no seu orçamento;
- Crie categorias de gastos no app PagBank: centralize as suas despesas em um único lugar para acompanhar o que entra e sai da sua conta. Assim, você consegue identificar onde pode ajustar e como o carro impacta no seu dia a dia;
- Separe uma reserva mensal para manutenção e emergências: destine um valor fixo por mês para o carro para não ser pego de surpresa com revisões, troca de pneus ou imprevistos mais caros;
- Invista o valor reservado em Renda Fixa PagBank: além de manter o dinheiro separado, você ainda faz ele render mais do que a poupança e pode resgatar quando precisar.
Manter o controle dos gastos e construir uma reserva específica para o carro é a forma mais inteligente de aproveitar os benefícios do veículo sem comprometer suas finanças pessoais.
Vale a pena ter um carro?
Ter um carro não é só uma questão de mobilidade. É sobre liberdade, autonomia e, muitas vezes, realização pessoal. Porém, junto a tudo isso vem a responsabilidade de lidar com os custos, e é aí que muitos acabam se surpreendendo.
O ponto não é só se você pode comprar um carro, mas sim se ele realmente faz sentido na sua vida hoje. Seja qual for o seu caso, a chave é se planejar.
Quando você organiza seu orçamento e investe o dinheiro reservado para o carro, ele deixa de ser um peso e passa a ser um recurso que traz praticidade sem comprometer o seu futuro. Com a Renda Fixa do PagBank, você faz exatamente isso: garante tranquilidade, liquidez imediata e rendimento. O CDB, por exemplo, é uma opção segura para esse tipo de objetivo, com rentabilidade diária e a flexibilidade que você precisa para sacar quando quiser.
Planejamento financeiro é o que transforma desejo em conquista:
invista em Renda Fixa pelo app PagBank e dirija as suas finanças com mais segurança!